terça-feira, 2 de novembro de 2010

XTERRA WORLD CHAMPIONSHIP - HAVAÍ


Estes últimos dois meses foram marcantes para mim.
Além de realizar um sonho desde que iniciei no triathlon, há exatamente 5 anos que era competir no Havaí, no dia 24 de outubro este sonho se tornou realidade. Mas sonhos são assim, difíceis de realizar e sempre com surpresas e desafios a serem enfrentados, senão, não seria sonho certo?
Então você deve estar se perguntando que desafios?
Eu respondo, é claro que a prova no Havaí é mais que desafiadora, é “animal”, mas o meu maior desafio foi comigo mesmo. Uma fratura na mão esquerda a menos de um mês de embarcar em direção a Maui.
Então vou começar pelo começo.
Depois de conquistar a vaga para a etapa do Mundial que foi realizada em Angra, eu tinha que resolver antes uma questão. Mesmo com meus parceiros de patrocínio, ainda assim era complicado sair do Brasil para competir no Havaí.
Eu não sei explicar, mas o que eu posso dizer, é que quem tem amigos tem tudo. Durante o planejamento da viagem, tive ajuda de muita gente, gente que eu conhecia e gente que eu não conhecia. Minha família foi demais, churrascos, rifas e muita divulgação... e eu consegui.

Bem, a questão financeira estava resolvida, mas então o imprevisível aconteceu.
No dia 18 de setembro pela primeira vez fui campeão do Xterra. Foi em Ilha Bela, no mesmo lugar que fiz meu primeiro triathlon cross country em 2005. E como as coisas são o que são, o percurso foi aquele duro de sempre da Ilha. Eu queria tanto essa vitória que no final do percurso da bike, aconteceu, foi uma queda cinematográfica, acho que fui me ralando com uns 10 metros, isso aí, parte da minha roupa ficou em pedaços. Mas isso não me impediu de seguir e então eu cheguei lá. Nº 1 em Ilha Bela. Nem a queda, nem o percurso me impediram. Confesso que teve um gostinho especial. Nº 1 em Ilha Bela, era demais pra mim. Mas chegando em casa... a surpresa. Uma dor daquelas.... tive que ir ao médico. E o que eu temia tinha acontecido. Fraturei a mão esquerda.
E agora? Menos de 30 dias para embarcar rumo a campeonato mundial? Pois é.. e agora?
Foram 15 dias sem trabalhar e com a mão imobilizada. Eu precisava me preparar, precisava treinar. Uma tala era a única coisa que eu via, então pensei. Dá pra tentar né? Mas se nem escrever eu conseguia, como seria fazer outras coisas.
Então com a tala mesmo eu nadei como dava e substitui a estrada pela spinning. E o grande dia chegou....
Depois de mais de 30 horas de viagem (Curitiba, São Paulo, Chicago, Los Angeles, e Maui) eu estava lá... Maui era realidade. A cidade é fantástica, parece que você é envolvido pelo clima, pelas pessoas e principalmente pelo esporte. Atletas do mundo inteiro, mais de 600 inscritos.
A maior delegação era qual? Sim os brazucas... nós mesmos.
Se eu achava que o percurso de Ilha Bela era “hard”, dá pra imaginar Maui? Não dá não... só estando lá. E o dia chegou. Desta vez não tive quedas, mas o caras eram animais! Cara eu me senti numa guerra. Não dava para olhar para o lado. Pedras, sol, muita gente e minha mão quase boa...
Depois de quase três horas: a linha de chegada... com direito a colar havainano e tudo! Fui 29º no geral e 25º no profi. 2º melhor brasileiro... porque o Manzan estava lá.
Já no Brasil, depois de uma semana de Maui, meu desafio foi o GP Internacional – Summer edition em Camboriu/SC. Melhor pedal e por 3 segundos não fiz a melhor corrida. O resultado foi campeão geral amador. Agora no Brasil!


E foi isso, demais! Depois que você conhece o Havaí, você não consegue esquecer, por isso, 2011 que me aguarde.
Não posso deixar de agradecer minha família guerreira, meus amigos e meus patrocinadores: Imobiliária Venturi, WOOM Roupas Esportivas, AVM – Associação da Vila Militar, Auto Posto Canadá (Maringá/PR),Sr. Joelson, Sitio Rio Pequeno, Blog Aspargo Atômico, o novo patrocinador Merida Bikes Brasil e é claro meu técnico Alexandre Perdão...
É isso galera, valeu pela torcida!!

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

XTERRA TIRADENTES + SÃO JOÃO DEL REI



Depois de um campeonato com 10 etapas o XTERRA 2009 chega ao fim.


2009.... digamos que foi um ano singular para mim, desde 2005 quando participei do meu primeiro Xterra, um dos meus objetivos, porque não dizer sonho, era estar na elite da competição, que na minha opinião é umas das competições mais bacanas do país.

Apesar do bom resultado em Ouro Preto, Tiradentes não estava nos meus planos, pois além da distância do PR para MG eu ainda estava me recuperando de uma lesão no joelho que tinha conseguido em Ouro Preto. Mas não resisti, afinal os pontos eram importantes para o campeonato brasileiro além é claro do incentivo que recebi para participar.

Pra variar, o povo mineiro como sempre acolhedor e o visual então... show de bola.


As características das trilhas pesadas e ingremes foram uma marca da Estrada Real, principalmente no percurso de bike que foi sofrido! Desta vez não foi o sol e sim a lama que trouxe mais emoção a prova. Foram 3 km de corrida, 28 km de bike e terminou com mais 9 km de corrida.
A galera tava animada, mas a prova foi dos mineiros.... Ernani Souza de Conselheiro Lafaiete (MG) chegou na frente Dominic Gillen e Frederico Zacharias, de Juiz de Fora (MG). O Ernani detonou, ultrapassou os adversários no último trecho de corrida. E eu... nesta etapa fiquei com o singelo 4ª lugar, mas deu para garantir 0 2º lugar geral do campeonato aqui no Brasil.




Se estou feliz? Claro que sim, afinal o XTERRA une muitas coisas em só uma competição: natureza, adrenalina, espirito competitivo mas também espírito de equipe. Quando revisito alguns videos no YouTube não é raro ver um ajudando o outro. Isso é bacana, o importante é cruzar a linha de chegada. Sem falar na impecável organização da X3M.

Das 1o etapas participei de 9 isso só foi possível com a opoio da minha família e dos meus patrocinadores, sem falar é claro no meu técnico Alexandre Perdão que é um super amigo também.

É isso aí galera, 2010 vem aí...
I'm still surviving...








domingo, 25 de outubro de 2009

XTERRA OURO PRETO





Depois de sete etapas do Xterra conhecendo lugares maravilhosos e percursos um tanto quanto inusitados, chegou a hora de encarar Ouro Preto - cidade histórica de Minas.
Quando cheguei em Ouro Preto no dia 2 de outubro fui direto para o jantar de massas, lá encontrei a galera e logo veio a curiosidade de saber como estava o percurso. Pois é, só ví aquele sorriso meio "amarelo" e logo percebi: eu tava morto! O dia amanheceu daqueles: céu azul e uma vista de dar inveja. Ouro Preto é demais!!! Logo na primeira corrida de 3km percebi que seria predreira! Pois bem, peguei a bike e já nos dois primeiros km encarei uma subida interminável, não me lembro de ter competido e um lugar tão íngreme assim...


Passado essa subidinha "básica" pra aquecer um pouco as pernas, alcancei o Ernani Souza, mineiro legítimo que conhecia Ouro Preto como ninguém. Nesta altura eu estava alí, brigando pela 3º colocação, quando no km 15, o improvável aconteceu: furou o pneu da minha bike. Quase não acreditei, só via um e mais um passando e me deixando pra traz. Mas o que me restava era dar um jeito e seguir em frente. Naquela desânimo, arrumei o pneu e continuei a prova , agora na 8º colocação. Deixei a bike e saí para encarar os 9km finais. Lembra daquela pequena subida do começo? pois é, ela estava alí novamente . Então pensei, vamos que vamos, afinal agora não tem nada pra estragar! certo? errado! o que rasgou foi minha perna com tombo que tomei... Enfim, levantei e segui em frente... fui e ainda consegui chegar na 4º colocação.
Bom, Xterra sem emoção, adversidades e surpresas..... não é Xterra. E foi assim: entre pneus furados e tombos , sobrevivi. I'm survivor.



1 - Alexandre Manzan - DF
2 - Brian Smith - USA
3 - Ernani Sousa - MG
4 - Felipe Moletta - PR
5 - Rodrigo Altafini - SP